Neuza Maria Marsicano
Juiz de Fora presenciou, recentemente, e pela segunda edição,
um dos eventos mais completos e notáveis sobre o amor na Literatura Universal.
Promovido pela Academia Juiz-forana de Letras, o ciclo de palestras, on-line e
gratuito, reverberou de forma esplêndida na cidade. Não apenas pela diversidade
com que o tema foi tratado, como também pela qualidade dos palestrantes e pela
grandeza dessa oportunidade tão democrática, que se iniciou em 25 de agosto e
terminou em 17 de novembro do ano corrente de 2021. Nesse ínterim, aconteceu a
série de palestras do ciclo, promovido com êxito, toda quarta-feira, pela
plataforma Google Meet. Vale ressaltar que, a partir de 75 % de frequência, os
organizadores do ciclo emitem certificado para os ouvintes, chancela importante
por parte da Academia, na qual notáveis da Literatura e das Letras juizforanas figuram.
É louvável a
oportunização ao acesso de todo cidadão com interesse em temas nas searas
literárias. Que ela seja uma regra da sociedade conectada pelas novas
tecnologias: a disseminação dos saberes e a Academia catalisando a formação
reflexiva de leitores, reduzindo a distância entre leitores, estudiosos,
profissionais e os eventos literários e de formação crítica.
O tema do
amor é atemporal e multifacetado. Alinhado a essa premissa, o evento foi um
sucesso ao abarcar tantas nuances do amor na literatura ao redor do mundo: em
uma Portugal Medieval e mais recente na obra de Saramago, no Oriente Médio, na
Literatura Inglesa, com Emily Brönte, Charles Dickens, nos poemas da americana
Emily Dickinson, o amor na literatura de terror e em Drummond, dentre outros.
Prestigiosos palestrantes, panorama eclético e completo que cumpriu a que veio.
Uma experiência que acrescentou conhecimento, reflexão e o despertar de mais
olhares interpretativos sobre a temática do amor ao longo da literatura pelos
séculos.
Após ter
mergulhado fundo novamente na experiência de refletir sobre o amor nas grandes
obras literárias , considerei o tema como inspiração para novos ensaios. O
amor, como sempre, é um ótimo fio condutor de narrativas imponentes e
marcantes, mas também é um ângulo instigante para se olhar a natureza dele para
que se sucedam perdas, ganhos, loucuras, grandes feitos ou a singeleza do
bem-querer. Parabéns à Academia Juiz-forana de Letras por mais uma edição
exitosa do ciclo!