sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Vértice -coletânea com vários gêneros


 Apresento o Universo de Contos do Raine

De linguagem fluida e rítmica, em seu ofício de artesão das palavras, mantendo a qualidade pictórica de seus contos e nos brindar com as experiências das sensações de personagens anônimos no dia a dia juizforano, Fernando Raine abre a janela da sua criatividade e competência da escrita com o sabor do cotidiano que não passa despercebido. Pelo contrário, é ele a moldura para um mosaico de personagens que poderiam ser eu ou você, em espaços, ora coletivos, ora intimistas, em que o autor brinca de fotografar com palavras cada perspectiva. Ele rompe o tempo-espaço ao eternizar lugares paradoxalmente na efemeridade das experiências passageiras de cada indivíduo.

De maneira sutil, delicada, aborda o individualismo, a solidão, a liquidez dos tempos de hoje. Não é apenas uma leitura saborosa, mas uma reflexão sobre a latência de profundidade em uma dinâmica de uma realidade de laços humanos superficiais. É o coletivo disperso, conforme ele mesmo conclui:  “onde cada olhar é uma nota solitária em uma melodia urbana”. Uma leitura lúcida dos tempos de hoje, em que silêncios se prolongam, mas pensamentos se aceleram, sobrepõem, preenchem o espaço da alma com dúvidas e saudades de tempos vividos ou imaginados.

Cheiros, cores e sensações criam um fundo em que os sentidos se fundem para que o tempo seja sentido com mais intensidade. E a ambivalência do passado/presente, encontro/despedida, lembrança/esquecimento, sentimentos/indiferença, pulsação/letargia, silêncio/som, luz/sombra e doçura/amargor condensam uma atmosfera em que urge o que estamos sempre adiando: saborear a vida enquanto o relógio anda.       

Mas há esperança: na metáfora da natureza a sabedoria de fluir em movimento, direção e superação de obstáculos, de constância; e nos espaços coletivos com manifestação de afetos e de preservação de memórias. Ainda há amor para eternizar e tornar profunda nossa experiência humana!

Obrigada, Fernando, por registros tão sensíveis de nossa cidade e nossa gente em uma combinação notável de existencialismo, universalismo sem abrir mão da poética realidade que nos cerca!

         
Neuza de Oliveira Marsicano

(Escritora, professora,Membro da AJL e atleta)

sábado, 8 de novembro de 2025

Juiz de Fora: Nossa Casa Antologia Volume -6


   (…) o que me faz correr é sempre o mesmo, uma vontade de saber mais e o de deixar contado às pessoas, nos livros, sabe. Deixar nos livros aquilo que se descobre, porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna (…)

(Valter Hugo Mãe)   Juiz de Fora é uma cidade cujas palavras para descrever não são tão fáceis de gerenciar por tamanha emoção que me enleva a alma por ser o meu lugar no mundo. Todavia, trago aqui um retrato, um panorama, dessa cidade, de ontem e hoje, habitada por 7 gerações em média, pois são 175 anos de sua fundação. Seus habitantes deram vida a um mosaico cultural, econômico e étnico, em que se mesclam tradições preservadas a uma atmosfera de cidade em sintonia com a contemporaneidade, estabelecendo um progresso com alto desenvolvimento humano que proporciona alegria e fascínio.

Sua origem se confunde com a origem de Minas, haja vista o Ciclo do Ouro e o Caminho Novo, este, rota econômica importante de ligação entre o nosso estado e o Rio de Janeiro. Cidade de vanguarda, com sua primeira usina hidrelétrica do país e com suas antigas tecelagens, dentre outras indústrias – daí, em função dessa paisagem, lembrar, urbanisticamente, a cidade inglesa de Manchester.

É uma cidade de encher os olhos: na arquitetura religiosa e no ecletismo urbanístico e arquitetônico de sua região central, com suas galerias em estilo francês, Cine Theatro Central, os calçadões, Parque Halfeld e a imponência dos prédios mais antigos e casinhas charmosas que contam histórias! Há também a arquitetura moderna, representada majestosamente pelo Museu de Arte Murilo Mendes, bem no Centro da cidade, configurando-se como um dos museus mais influentes do mundo e o mais influente no país (segundo o evento global Museum Week 2025). E a versatilidade arquitetônica não para por aí: temos a grandiosidade contemporânea de edificações com ares futuristas, tal como da Igreja Melquita, localizada no bairro Santa Helena.

Seus bairros contam histórias antigas e atuais! E a Avenida Rio Branco é a espinha dorsal que une a todos, de ponta a ponta! E somos todos, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, 540.756 habitantes, trazendo o título de o quarto município mais populoso do nosso imenso estado de Minas Gerais. Aqui é um lugar de inspiração e de pessoas inspiradoras, berço de grandes escritores, jornalistas, cantores e personalidades voltadas à promoção da cultura, do teatro e da música. Conservatórios, faculdade de música, grupos de teatro locais que lotam os espaços e semanas dedicadas a mostras de cinema, de curta-metragens, de incentivo a novos talentos musicais e eventos inesquecíveis no Cine Theatro Central! Como membro, não poderia deixar de citar a Academia Juiz-forana de Letras, espaço de difusão de conhecimento e de criatividade literária: é uma honra fazer parte de um coletivo de pessoas que procuram mobilizar o cotidiano da cidade através  dos cursos, dos encontros literários e das publicações de obras de grande sensibilidade e diversas perspectivas que, além de retratar o mundo e as situações da vida, também se dedicam a retratar a cidade.

O desenvolvimento integrado às necessidades de sua população e da sua região é algo imanente ao seu crescimento econômico e urbano: somos um celeiro de difusão de conhecimento, desenvolvimento, inovação, diversidade, inclusão e cultura na região. Sendo assim, grandes figuras da educação, da administração pública, dos movimentos sociais, do ramo empresarial, do turismo de negócios, da moda, da gastronomia, do esporte, da área da saúde, da arquitetura, e voltadas à excelência em prestação de serviços e na produção de conhecimento fizeram, fazem e mantêm esta cidade tão vibrante, prazerosa e um bom lugar para se viver e se desenvolver em uma integralidade do potencial humano.

Toda oportunidade de escrever sobre a cidade e contar histórias, sobre o que li, ouvi e vivenciei em minha casa - Juiz de Fora, é como um inevitável abraço em quem se ama. E saber que minhas palavras ecoam, voam livre, enquanto as mãos folheiam as páginas das obras, jornais ou dão o clique no computador, torna cada momento em que posso falar e escrever sobre a cidade como um presente compartilhado, o que me remete às palavras de Valter Hugo Mãe, escritor sensação da edição 2025 da Flip  - Festa Literária Internacional de Paraty: “porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna.” E falando em espaço de valorização da Literatura, vale notar que as editoras juizforanas e também as demais editoras que reúnem trabalhos dos escritores da cidade são profícuas, democráticas e vibrantes, motivando os autores, reunindo, produzindo e divulgando suas obras, eternizando tantos talentos, visões e estilos de escrita. E assim, tudo flui em uma dinâmica de qualidade e dedicação, de incentivo a todos leitores e escritores, novos ou veteranos.

Todos que por aqui passaram e os que, a cada dia, com sua dedicação e talentos, fazem a cidade dinâmica, efervescente, produtiva e com sua inexorável vocação para a diversidade cultural. Há luta, desafios, mas também amor envolvido na nobreza do progresso que busca ser equitativo e solidário. Cidade de portas abertas, com destaque para as oportunidades de estudo e de trabalho. É o lugar no mundo que centenas de milhares de pessoas escolheram para amar e viver, enquanto outros sonham a voltar ou a conhecer! Esse lugar de saberes, sabores, mas, acima de tudo, de amores! Me encanta...e, cada badalar dos sinos, a certeza de que aqui sempre será o meu lugar!

 

 

 

(…) o que me faz correr é sempre o mesmo, uma vontade de saber mais e o de deixar contado às pessoas, nos livros, sabe. Deixar nos livros aquilo que se descobre, porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna (…)

(Valter Hugo Mãe)

 

          Juiz de Fora é uma cidade cujas palavras para descrever não são tão fáceis de gerenciar por tamanha emoção que me enleva a alma por ser o meu lugar no mundo. Todavia, trago aqui um retrato, um panorama, dessa cidade, de ontem e hoje, habitada por 7 gerações em média, pois são 175 anos de sua fundação. Seus habitantes deram vida a um mosaico cultural, econômico e étnico, em que se mesclam tradições preservadas a uma atmosfera de cidade em sintonia com a contemporaneidade, estabelecendo um progresso com alto desenvolvimento humano que proporciona alegria e fascínio.

Sua origem se confunde com a origem de Minas, haja vista o Ciclo do Ouro e o Caminho Novo, este, rota econômica importante de ligação entre o nosso estado e o Rio de Janeiro. Cidade de vanguarda, com sua primeira usina hidrelétrica do país e com suas antigas tecelagens, dentre outras indústrias – daí, em função dessa paisagem, lembrar, urbanisticamente, a cidade inglesa de Manchester.

É uma cidade de encher os olhos: na arquitetura religiosa e no ecletismo urbanístico e arquitetônico de sua região central, com suas galerias em estilo francês, Cine Theatro Central, os calçadões, Parque Halfeld e a imponência dos prédios mais antigos e casinhas charmosas que contam histórias! Há também a arquitetura moderna, representada majestosamente pelo Museu de Arte Murilo Mendes, bem no Centro da cidade, configurando-se como um dos museus mais influentes do mundo e o mais influente no país (segundo o evento global Museum Week 2025). E a versatilidade arquitetônica não para por aí: temos a grandiosidade contemporânea de edificações com ares futuristas, tal como da Igreja Melquita, localizada no bairro Santa Helena.

Seus bairros contam histórias antigas e atuais! E a Avenida Rio Branco é a espinha dorsal que une a todos, de ponta a ponta! E somos todos, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, 540.756 habitantes, trazendo o título de o quarto município mais populoso do nosso imenso estado de Minas Gerais. Aqui é um lugar de inspiração e de pessoas inspiradoras, berço de grandes escritores, jornalistas, cantores e personalidades voltadas à promoção da cultura, do teatro e da música. Conservatórios, faculdade de música, grupos de teatro locais que lotam os espaços e semanas dedicadas a mostras de cinema, de curta-metragens, de incentivo a novos talentos musicais e eventos inesquecíveis no Cine Theatro Central! Como membro, não poderia deixar de citar a Academia Juiz-forana de Letras, espaço de difusão de conhecimento e de criatividade literária: é uma honra fazer parte de um coletivo de pessoas que procuram mobilizar o cotidiano da cidade através  dos cursos, dos encontros literários e das publicações de obras de grande sensibilidade e diversas perspectivas que, além de retratar o mundo e as situações da vida, também se dedicam a retratar a cidade.

O desenvolvimento integrado às necessidades de sua população e da sua região é algo imanente ao seu crescimento econômico e urbano: somos um celeiro de difusão de conhecimento, desenvolvimento, inovação, diversidade, inclusão e cultura na região. Sendo assim, grandes figuras da educação, da administração pública, dos movimentos sociais, do ramo empresarial, do turismo de negócios, da moda, da gastronomia, do esporte, da área da saúde, da arquitetura, e voltadas à excelência em prestação de serviços e na produção de conhecimento fizeram, fazem e mantêm esta cidade tão vibrante, prazerosa e um bom lugar para se viver e se desenvolver em uma integralidade do potencial humano.

Toda oportunidade de escrever sobre a cidade e contar histórias, sobre o que li, ouvi e vivenciei em minha casa - Juiz de Fora, é como um inevitável abraço em quem se ama. E saber que minhas palavras ecoam, voam livre, enquanto as mãos folheiam as páginas das obras, jornais ou dão o clique no computador, torna cada momento em que posso falar e escrever sobre a cidade como um presente compartilhado, o que me remete às palavras de Valter Hugo Mãe, escritor sensação da edição 2025 da Flip  - Festa Literária Internacional de Paraty: “porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna.” E falando em espaço de valorização da Literatura, vale notar que as editoras juizforanas e também as demais editoras que reúnem trabalhos dos escritores da cidade são profícuas, democráticas e vibrantes, motivando os autores, reunindo, produzindo e divulgando suas obras, eternizando tantos talentos, visões e estilos de escrita. E assim, tudo flui em uma dinâmica de qualidade e dedicação, de incentivo a todos leitores e escritores, novos ou veteranos.

Todos que por aqui passaram e os que, a cada dia, com sua dedicação e talentos, fazem a cidade dinâmica, efervescente, produtiva e com sua inexorável vocação para a diversidade cultural. Há luta, desafios, mas também amor envolvido na nobreza do progresso que busca ser equitativo e solidário. Cidade de portas abertas, com destaque para as oportunidades de estudo e de trabalho. É o lugar no mundo que centenas de milhares de pessoas escolheram para amar e viver, enquanto outros sonham a voltar ou a conhecer! Esse lugar de saberes, sabores, mas, acima de tudo, de amores! Me encanta...e, cada badalar dos sinos, a certeza de que aqui sempre será o meu lugar!