segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Reflexões sobre o I Seminário Nacional dxe Tutores


Este texto foi escrito por Luis Gomes Presidente Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância
Todos nós que participamos da educação a distância (ead) estamos co-construindo as definições que esse setor estabelece. Aqui no Brasil o efetivo despertar para essa modalidade se comprova a cada dia por mais adesões, seja por meio de novos profissionais que iniciam o seu labor ou por investidores que pretendem entrar neste segmento, no mesmo momento em que as camadas mais cedentes de nossa sociedade já descobrem as inúmeras vantagens de se estudar de maneira flexível.
Com isso, cada organismo desse sistema começa a se organizar efetivamente, onde as antigas improvisações cedem espaço ao planejamento, resultados de curto prazo são repaginados em busca do crescimento sustentável. E a quem isso possa interessar? A todos!
Por isso, para nós que já estamos nesse caminhar, seja do setor público ou da iniciativa privada, recai a responsabilidade neste momento de se refletir sobre a identidade da tutoria no ensino superior e em que grau ela é ou não importante para a efetiva aprendizagem do aluno e para a conservação dos modelos de ead no país. Para os que se furtarem em debater a temática neste momento, com a idéia de que a solução pode ser confeccionada em sua própria "cozinha", não poderão se valer de um "salvo-conduto" logo ali adiante, pelo simples fato de ser uma modalidade de ensino "juvenil" (pelo menos sob o ponto de vista de sua expansão) e que ainda as discussões seriam muito prematuras. Aliás, esse argumento só é invocado quando encontramos algo difícil, inacabado, malfeito ou irregular para a responsabilidade recair na "falta de conhecimento" ou na jovialidade de uma determinada atividade ou função.
É como se fossem espécies de direitos da imaturidade. Não usarei esse argumento porque, muitas vezes, ele é utilizado para justificar nossas limitações, incompletudes, ausência. Não é a intenção do Seminário trazer o caráter recente da função da tutoria para justificar as limitações de hoje, até porque, seria se valer do argumento em que os "meios justificam os fins".
Inicio com essas reflexões porque isso nos leva direto ao ponto que o Seminário pretende abordar: construir a identidade da tutoria por meio da discussão de três grandes áreas: pedagógica, tecnológica e de gestão. Será mesmo que essas áreas são acionadas quando do relacionamento tutor-aluno-instituição? Aliás, essas premissas seriam de rol taxativo ou exemplificativo para nortear a atividade da tutoria? As pesquisas e os relatos validam ou eliminam essas hipóteses? As dosagens atribuídas nessas supostas três áreas são lineares ou sazonais? Co-existem ou se eliminam de acordo com o modelo pedagógico adotado pela instituição? Quais seriam as vantagens ou desvantagens de cada uma dessas áreas?
Quaisquer que sejam as respostas elas não serão egoístas a ponto de ficarem restritas aos profissionais que desempenham a função de tutoria no país (professores, técnicos, profissionais liberais, etc), mas, certamente, serão compartilhadas com aqueles que se usufruem desta prestação primordial e buscam o crescimento planejado, sustentável. Daí a importância do esforço coletivo e que servirá para alimentar a todos que já fazem parte deste sistema cíclico e contínuo de educação a distância. Postado por: Neuza Mª de Oloveira Marsicano

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