Talvez você conheça alguém que foi adolescente
na década de 1980 (ou mesmo você tenha sido). Um hábito muito comum naquela
época (além de colecionar as figurinhas Amar é... e papel de cartas) era
registrar no diário secreto (alguns tinham até chave) os sentimentos, desejos e
frustrações do dia-a-dia da vida. Os adolescentes de hoje continuam com esse
hábito. No entanto, o meio para isso mudou, pois passaram a escrever on-line,
utilizando o blog. O que era segredo já não precisa ser mais.
É preciso
que se diga que o blog (abreviação de weblog) não é restrito a adolescentese
que nem todos têm acesso a essa ferramenta porque também a internet ainda não
está democratizada no país.
Há blogs
com caráter jornalístico, com conteúdo político e, é claro, de entretenimento.
E por que não um blog com fins pedagógicos? Ainda há receio de educadores sobre
essa ferramenta, principalmente porque consideram a escrita teclada uma
variação inadequada da linguagem escrita. Por outro lado, há aqueles que a
consideram criativa, promotora do exercício da imaginação e incentivadora da
leitura.
Conflitos
teóricos à parte, o blog pode servir como espaço de intercâmbio e de
colaboração; espaço de debate e de integração. Esse ambiente pode tornar
visível a produção dos autores, permitindo autoria múltipla. Pode também ser
utilizado para avaliação de forma longitudinal. Isso permite registrar a
história dos esforços, progressos e conquistas dos alunos.
Interessante
ainda é pensar que o blog pode propiciar debates entre turmas de escolas ou de
universidades sobre determinado assunto. Este tipo de atividade tem potencial
educativo, uma vez que desenvolve competências de pesquisa de informação e de
domínio da comunicação escrita, contribuindo para o exercício da tolerância a
pontos de vista diferentes.
2 (MAIA e MATTAR, 2007)
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