sexta-feira, 31 de março de 2023

Força coletiva, fonte inspiradora: mulheres em comunhão e na resistência diária na vida


Flor-mulher resiste

Linda bela e forte

Firme nas raízes

Exuberante na beleza e na força

Eis o jardim da sonoridade

Unidas e vencedoras no pódio da vida!

Neuza de Oliveira Marsicano

 Admiráveis são as histórias de tantas mulheres que se impuseram em uma sociedade patriarcal, gerando um legado de resistência e libertação para si mesmas e para as futuras gerações. Notáveis são a força com que acreditaram nos próprios sonhos e realizaram feitos impensáveis mediante a circunstâncias desfavoráveis, fazendo o melhor com os recursos disponíveis. 

            Quero falar sobre esses recursos, são eles a inteligência, a sagacidade, a versatilidade, a resistência e a força coletiva das mulheres, sendo uma sinergia capaz de inspirar as garotinhas desde a mais tenra idade, vendo suas mães e avós, apesar de tantas sobrecargas da vida cotidiana e do lar, terem buscado formação acadêmica e profissional, mercado de trabalho, sem abrir mão de realizações pessoais, esportivas, culturais e familiares.

            Não é fácil se equilibrar em multiplicidade. Porém, essa mesma força coletiva forma conexões de irmandade, com amizade, afeto e mãos estendidas, eis a sonoridade. Não somos rivais, somos complementares, somos a dádiva da sensibilidade, da fortaleza, da maternidade e da liberdade de sermos o que quisermos.

            Admiro como a mulher contemporânea, após muita persistência, tem priorizado o autocuidado e a liberdade emocional, buscando uma melhor versão de si mesma, ainda que, frequentemente, exaustas, buscam a renovação dessa energia. E aí entra a atividade física.

Nesse contexto, enquadro-me, sou uma mulher que descobriu uma nova versão na atividade física diária para a prática da corrida rústica, esporte que me trouxe experiências fantásticas, além de bem estar, saúde, muitas amizades e prevenção de doenças. É uma qualidade de vida inenarrável! Não abro mão!

            Destaco que o esporte é um empoderamento para a mulher, pois, várias modalidades não eram acessíveis a nós: paulatinamente, persistentemente, resistentemente, fomos ocupando os espaços nesse âmbito, apesar dos preconceitos e falta de incentivo.

            Liberdade e equilíbrio associados a escolhas sábias trazem longevidade, saúde física e mental a todo ser humano, mas a mulher precisa se lembrar do poder do “NÃO”, pois, a estruturação social ainda precisa evoluir muito para que haja plena responsabilidade compartilhada de homens e mulheres com igualdade de oportunidades e de valorização. O poder do não pode gerar um tempo extra para o autocuidado, haja vista que estamos sempre cuidando de tudo e todos ao nosso redor. E aí é necessário cuidar para que a premissa do “você faz melhor que todos” determinada tarefa em casa ou no trabalho faça com que você se transforme refém da incapacidade de dizer não quando todo ser humano pode e deve desenvolver múltiplas habilidades, independentemente do gênero ou da idade. E isso serve para o NÃO e para o SIM. Ou seja, se os outro podem, nós também podemos. É insistir, resistir. E, no meu caso, é levantar para correr, ainda que o tempo e o cansaço não colaborem, ou as demais preocupações me tomem a mente.

            A corrida que pratico também é a metáfora da vida, corrermos com um objetivo, uma meta, a busca de uma linha de chegada, e com vitória, com pódio. Mas na pista da vida, há barreiras, e para nós, há barreiras a mais para serem vencidas. Nessa trajetória, necessário ter fibra: penso das mulheres que resistem e estão em movimento na vida, rumo a suas vitórias, com base em suas escolhas, vencendo o machismo, a violência, a falta de oportunidades, a falta de tempo e a precariedade de tanta coisa, com suas dores e amores, intensa, gigante, preciosa e vitoriosa. Aprendeu a olhar para si mesma!

Que o nosso dia seja repleto de risos, de vitórias…

E que não nos falte esperança e sabedoria para dias melhores e com plenitude!

 

 

 

 

 

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário