Portanto,(...)
desembaraçando-nos de todo peso(..),
corramos com perseverança
na carreira que nos está proposta.
Hebreus
A proposta de registrar em palavras sobre a importância da Corrida da Fogueira – tradicional corrida de rua em Juiz de Fora, sob a percepção de uma cidadã juizforana incorrigível, obstinada desportista e participante da competição é um desafio tão grande quanto a preparação e a participação para o evento. De fato, sintetizar a grandiosidade da corrida demanda a difícil escolha de deixar de falar de importantes figuras e fatos marcantes ao longo de sua história.
De acordo com
Toninho Buda, a partir de uma festa junina,
caraterizada pela alegria em torno da Fogueira, nos anos de 1940, Vicente
Ferreira dos Santos promoveu uma corrida de rua reunindo amigos, para divulgar
a própria festa junina no bairro Mariano Procópio.
Assim, nas palavras
do autor, que se debruçou em intensa pesquisa: “no dia 23 de junho de 1942, 47
atletas ouviram o sinal da largada da 1ª Corrida da Fogueira, que teve percurso
de 7 km. O vencedor da primeira edição foi Pedro Marciano da Silva, atleta do
Mangueira Futebol Clube, da cidade de São João Nepomuceno”, iniciou-se, também,
a incumbência de o atleta vencedor ter a honra de acender a fogueira,
característica da corrida até os dias atuais.
Naquela época,
não havia muitas corridas de rua sendo realizadas no país, daí que ela se
tornou a maior prova do pedestrianismo do nosso estado. Porém, só em 1976, que
a disputa passou a contar com a participação das mulheres, cuja primeira campeã
foi a atleta Sandra Paula Ferreira.
Sobre a
organização, foram os seguintes passos: desde sua gênese até 1983, sob a tutela
de seus criadores; a partir de 1984, passou a ser promovida pelo Departamento
de Esportes da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora,
através do seu Departamento de Esportes; já nos dias atuais é realizada pela
Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora.
Para se destacar
como umas das provas mais tradicionais do país, com mais de 3.000 participantes
em edições atuais, já tendo figuras nacionalmente conhecidas, atletas de alto
rendimento, trazendo maior efervescência e competitividade crescente, tais
como, Viviany Anderson, Geraldo Francisco de Assis, João da Mata e Ronaldo da
Costa, dentre outros, a corrida é preparada com carinho, dedicação e respeito
ao esporte e aos competidores, através da Secretaria de Esportes e Lazer da
Prefeitura de Juiz de Fora (SEL) , contando com uma equipe impecável e de ponta
a ponta para cada detalhe e necessidade dos atletas e da corrida, trazendo um
show de organização.
Assim, se por um
lado, existe o empenho e a energia dos participantes; por outro lado, a equipe
organizadora (empresas parceiras, divulgação, orçamentos, inscrições,
logística, entrega de kits e chips, premiações, dentre outros). Em adição,
destaque para meu técnico, “essencial para ampliar as
chances de perfazer o trajeto; são todos merecedores de visibilidade e o apreço. Por isso, um lugar especial no pódio, hoje dedico a esse grupo de pessoas: a
corrida é um exemplo de união de cidadãos juizforanos para o bem comum.”
Portanto, esse pequeno registro, também
cunhado na minha vivência e percepção sobre a corrida, não só para o esporte,
mas para a cultura da nossa cidade, faz uníssono com todos que se empenham para
que eventos esportivos como a Corrida da Fogueira sejam salvaguardados ao longo
dos anos. É fazer valer o desejo de vida longa à Corrida de Fogueira pelo seu
valor cultural imaterial em nossa cidade.
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