quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Porque Conhecer Carrancas


Conheça um pouco de Carrancas

Neuza Marsicano

            Gosto   muito de registrar as imagens   e observações   pessoais das minhas viagens. Há poucas semanas saí de Juiz de Fora rumo a Carrancas. Venho compartilhar com meus queridos leitores um pequeno painel do que foi esse capítulo turístico na minha vida. Espero que gostem.

            Um pouco da História 

            Em 1720, o Capitão João Toledo Piza e Castelhano, pai de 11 filhos, seu irmão, Padre Lourenço de Toledo Taques, Salvador Correia Bocarro, Miguel Pires Barreto e José da Costa Morais tinham, provavelmente, iniciado um povoamento. Ao decidirem que ali ficariam por causa das excelentes perspectivas em relação à mineração do ouro e da mostra da fertilidade da terra, mandaram buscar em São Paulo as famílias e os escravos que possuíam.

            Já denominação Carrancas deve-se às escavações que os garimpeiros fizeram em uma serra localizada no município, e que formaram para quem vê de longe as fisionomias exatas de suas caras. Chamou atenção na entrada de um restaurante a escultura de uma Carranca esculpida em madeira por um artista local. Em outro restaurante um banner com a história de Carrancas.  

            A viagem

            Organizado pela agente de   turismo Sônia Belém, eu, a amiga Márcia e mais 14 pessoas fomos à cidade de Carrancas, que fica no sul de Minas Gerais, a 232 KM de Juiz de Fora, sendo que ficamos todos hospedados na Pousada Roda Viva, a mesma Pousada que ficam hospedados atores que visitam ou filmam na cidade. Destaque   para o acolhimento na Pousada.

            Porque conhecer Carrancas

            Primeiramente, por ser uma cidade famosa pelas cachoeiras, trilhas e   lindas serras que a cercam. Atualmente, o município vem se desenvolvendo no ecoturismo, como alternativa econômica, uma vez que belos atrativos naturais não faltam. Por isso, Carrancas é conhecida como terra das cachoeiras. E não há nenhum exagero em dizer que o local é um paraíso ecológico. Fazendas centenárias, cachoeiras globais e um povo simpático trazem belas cores e formas para o local.

            Os passeios

            No primeiro dia, dedicamos a conhecer a área   urbana da cidade, seu artesanato e a Igreja Nossa Senhora da Conceição. A igreja do século XVII é um patrimônio histórico-cultural da cidade, sendo construída com blocos de quartzito, com pinturas do teto e com esculturas nos altares. Belíssima! A pintura do teto do altar-mor é atribuída a Joaquim José da Natividade, discípulo de Aleijadinho (um dos mestres da arte barroca mineira). Chamou atenção o toque do sino a cada quinze minutos da bela Igreja de Nossa senhora da Conceição, que fica no coração da cidade, lembra a religiosidade do local. 

            Para conhecermos os atrativos mais procurados, fomos de micro-ônibus com guia a locais como: as cachoeiras Complexo da Zilda, Complexo da Ponte, Complexo da Fumaça, Complexo da Vargem Grande, Complexo da Toca e o esplendoroso complexo da Esmeralda (de fato, com águas cor de esmeralda).

            Vida   noturna

            Em Carrancas, o que não faltam são os bares, restaurantes, pizzarias. Escolhemos o Recanto Bar, por se próximo à Pousada. O cardápio do Recanto Bar oferece petiscos, refeições e pizzas, além das bebidas. A especialidade da casa é a Pururuca de Queijo, prato premiado em diversos festivais na região que é uma delícia. Estava bom demais curtir aquela música ao vivo em um ambiente descontraído.

            Finalizando a viagem, fica a mensagem: não há cara feia que resista aos encantos de Carrancas, no sul de Minas Gerais. De tão fascinante, a natureza desta tranquila cidadezinha já serviu como locação de novelas e minisséries.

Referência

https://biblioteca.ibge.gov.br

https://idasbrasil.com.br/Carrancas/Historia/viagem/fatos-historicos

 




 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Corrida da Fogueira: tradição, energia, empenho

                                                                                              Neuza De Oliveira Marsicano

 

Portanto,(...)

desembaraçando-nos de todo peso(..),

corramos com perseverança

na carreira que nos está proposta.

A proposta de registrar em palavras sobre a importância da Corrida da Fogueira – tradicional corrida de rua em Juiz de Fora, sob a percepção de uma cidadã juizforana incorrigível, obstinada desportista e participante da competição é um desafio tão grande quanto a preparação e a participação para o evento. De fato, sintetizar a grandiosidade da corrida demanda a difícil escolha de deixar de falar de importantes figuras e fatos marcantes ao longo de sua história.

            De acordo com consulta ao acervo histórico da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a partir de uma festa junina, caraterizada pela alegria em torno da Fogueira, nos anos de 1940, Vicente Ferreira dos Santos promoveu uma corrida de rua reunindo amigos, para divulgar a própria festa junina no bairro Mariano Procópio.

            Assim, nas palavras do autor, que se debruçou em intensa pesquisa: “no dia 23 de junho de 1942, 47 atletas ouviram o sinal da largada da 1ª Corrida da Fogueira, que teve percurso de 7 km. O vencedor da primeira edição foi Pedro Marciano da Silva, atleta do Mangueira Futebol Clube, da cidade de São João Nepomuceno”, iniciou-se, também, a incumbência de o atleta vencedor ter a honra de acender a fogueira, característica da corrida até os dias atuais.

            Naquela época, não havia muitas corridas de rua sendo realizadas no país, daí que ela se tornou a maior prova do pedestrianismo do nosso estado. Porém, só em 1976, que a disputa passou a contar com a participação das mulheres, cuja primeira campeã foi a atleta Sandra Paula Ferreira.

            Sobre a organização, foram os seguintes passos: desde sua gênese até 1983, sob a tutela de seus criadores; a partir de 1984, passou a ser promovida pelo Departamento de Esportes da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora, através do seu Departamento de Esportes; já nos dias atuais é realizada pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora.

            Para se destacar como umas das provas mais tradicionais do país, com mais de 2.000 participantes em edições atuais, já tendo figuras nacionalmente conhecidas, atletas de alto rendimento, trazendo maior efervescência e competitividade crescente, tais como, Viviany Anderson, Geraldo Francisco de Assis, João da Mata e Ronaldo da Costa, dentre outros, a corrida é preparada com carinho, dedicação e respeito ao esporte e aos competidores, através da Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Juiz de Fora (SEL) , contando com uma equipe impecável e de ponta a ponta para cada detalhe e necessidade dos atletas e da corrida, trazendo um show de organização.

            Assim, se por um lado, existe o empenho e a energia dos participantes; por outro lado, a equipe organizadora (empresas parceiras, divulgação, orçamentos, inscrições, logística, entrega de kits e chips, premiações, dentre outros). Em adição, destaque para meu técnico, essencial para ampliar as chances de perfazer o trajeto; são todos merecedores de visibilidade e o apreço. Por isso, um lugar especial  no pódio, hoje dedico a esse grupo de pessoas: a corrida é um exemplo de união de cidadãos juizforanos para o bem comum.

            Portanto, esse pequeno registro, também cunhado na minha vivência e percepção sobre a corrida, não só para o esporte, mas para a cultura da nossa cidade, faz uníssono com todos que se empenham para que eventos esportivos como a Corrida da Fogueira sejam salvaguardados ao longo dos anos. É fazer valer o desejo de vida longa à Corrida de Fogueira pelo seu valor cultural imaterial em nossa cidade.


Referências:

1.      CUNHA JÚNIOR, Carlos Fernando Ferreira ET AL. Educação Física, memórias e narrativas em Juiz de Fora, Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG. Novembro, 2003. 2. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JUIZ DE FORA. Departamento de Esportes.

2.       SECRETARIA DE ESPORTE E LAZER. Acervo do Arquivo Histórico do Esporte de Juiz de Fora

 

 

 

 

 

 


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Maringá: a moderna cidade do Paraná

Maringá: a moderna cidade do Paraná

                                                                                                     Neuza Marsicano

  Quando viajamos, guardamos lembranças e riquezas que nunca se apagam, sendo uma alegria compartilhar essas impressões, curiosidades e emoções com aqueles que leem nossos relatos de viagem.

            Foi com alegria que recebemos, eu e meus familiares, o convite para o casamento do padrinho do meu netinho Matheus, que mora na cidade de Maringá. Não havia ainda tido esse privilégio de conhecer, especificamente, essa cidade do sul do país, apesar de ter visitado a região em outras oportunidades. Nesse Brasil continental, é sempre bom ter algum contexto, pretexto, convite para mais uma aventura rumo ao desconhecido e a novas experiências em lugares diversos, seja em meio à natureza ou mais uma cidade para o portfólio de viagens, pessoal ou familiar.

            Ao chegarmos na cidade o que mais me chamou   atenção foi quando avistamos a torre da Catedral de Maringá. O templo tem o formato cônico que aponta para o céu. Considerando a cruz de 10 metros que fica no topo do cone, a obra é o monumento religioso mais alto da América do Sul. Na sequência, tivemos a oportunidade de assistirmos a uma missa no local, e nos encantamos também com a beleza da Catedral por dentro, onde vitrais projetados pelo artista plástico Lorenz Heilmair colorem as superfícies de acordo com o movimento do sol. Vale pena esse presente aos olhos e à alma.

            Interessante ressaltar que Maringá recebeu dezenas de milhares de imigrantes asiáticos, principalmente japoneses. A cidade também acolheu muitos imigrantes muçulmanos de diferentes cantos do mundo. Para atender tanto muçulmanos quanto asiáticos, lá se encontram tanto templo budista quanto mesquita.

            Ponto turístico da cidade, um de seus maiores tesouros, o mais famoso parque maringaense, o Parque do Ingá, inaugurado na década de 1970, é localizado bem no coração da cidade, sendo uma área de preservação de mata nativa. Em sua área   enorme, a população e os turistas são agraciados com um lago artificial com píer de pedalinhos, quadras, 3 km de pista de caminhada, ciclovia, academias ao ar livre e uma lanchonete. Pertinho do lago, há gruta, na qual foi instalada uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ou seja, natureza, lazer completo e espaço para reflexão e devoção espiritual.

            Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco a rica gastronomia no Mercadão de Maringá. Hoje, o local tem mais de 30 lojas em que se vendem diversos produtos regionais, tais como bebidas, doces, vegetais, temperos, queijos, carnes, dentre outros. Como boa mineira que sou, não poderia deixar de aproveitar os produtos artesanais.

            Assim foi conhecer a cidade de Maringá, muito além do casamento e de sua festa, muito além das fotos: a lembrança de um passeio agradável em uma das cidades mais arborizadas e limpas do país. Ruas floridas. Muito bom caminhar pela cidade e sempre esbarrar em um parque, uma praça. Imperdível, leitores, para um passeio em família em uma cidade linda e acolhedora!

Referências

Site: Turismo Maringá

Site: Wikimedia Commons

 

          

 

domingo, 1 de maio de 2022

Convergência Inquietude da Alma - Fernando Priamo

 


Convergência Inquietude da Alma - Fernando Priamo

Convergência:Inquietude da Ama" revela múltiplas camadas e percursos contidos no trabalho do fotográfo e artista visusal Fernando Priamo.
Belissima exposição.
Parabéns!!!!!!

 




domingo, 27 de março de 2022

Gravando PODCAST: Desafios da Educação Pós Pandemia

Epílogo

A luta pela educação sempre foi uma luta por evolução, bases, democratização e acesso. Em toda História da Educação, desde a formação do país, o acesso ao conhecimento formal era restrito às elites. Porém, com muito empenho, pessoas engajadas na universalização do acesso à escolarização foram incansáveis. A educação é base da sociedade, e acompanha os anseios do homem, potencializando a socialização, as múltiplas inteligências e a organização da vida cotidiana abrindo um mundo de possibilidades e valores em nossas vidas, vocacionando, na medida do possível, cada indivíduo dentro de suas potencialidades. O maior pensador contemporâneo da educação foi Paulo Freire, e seu legado é estudado no mundo todo. Darcy Ribeiro também deixou sua marca revolucionária em um grande projeto educacional libertador e inovador. Pensadores educacionais do mundo todo influenciando positivamente a forma de enxergar a educação centrada nos sujeitos do processo ensino- aprendizagem, suas culturas, vivências e as melhores formas de se integrarem nas vivências escolares.

Apesar de tantos esforços, evolução didático-pedagógica, tecnológica e social, além do incontestável potencial da educação transformadora na vida humana, em nosso país, as mazelas têm um mesmo cerne: a falta de priorização nas verbas educacionais, a dificuldade da inclusão, do acesso à escola e do acesso às novas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) e a precarização do ensino público.

E nos dois últimos anos, um capítulo difícil e desafiador também para a educação no país e no mundo: o mundo pandêmico e pós-pandêmico da Covid-19. A proposta é refletir sobre as nuances desse desafio e como houve empenho para que o melhor esteja sendo feito, apesar das dificuldades. Muitos obstáculos, novas ferramentas de trabalho e uma verdadeira necessidade de reinvenção profissional. E como fica a saúde mental em meio a tantas novas demandas?

Os novos desafios da educação

            No mundo pós-pandêmico, são vários desafios que se apresentam para os profissionais da educação: a evasão escolar, alunos sem acesso à internet que não acompanharam aulas online, pais e responsáveis que não conseguiram auxiliar os estudantes, estudantes atrasados em relação aos colegas.

O abismo que se criou entre estudantes que tinham acesso à internet, pais ou responsáveis alfabetizados, energia elétrica e até mesmo comida em casa e os alunos que não tinham tudo isso disponível ficou ainda mais evidente. As gestões escolares nunca tiveram tantos desafios ao mesmo tempo.Não apenas estudantes do ensino fundamental e médio foram afetados, mas estudantes de todos os níveis acadêmicos enfrentaram dificuldades durante esse período, adotando o modelo à distância às pressas, muitas vezes sem preparo algum. Discentes, professores e suas respectivas famílias foram pegas de surpresa com o trabalho e estudo remoto adentrando as casas e fazendo parte da rotina (também das despesas dos profissionais para manter o home office sem custeios e subsídios, na maioria das vezes).

Vale a pena refletir a respeito de: o que fazer diante desta situação?

1.    Mais espaço para a tecnologia:

 

O ambiente escolar, com o retorno das aulas presenciais, pode e deve ser aprimorado para atender aos anseios de um novo formato de estudos que pode se complementar com as aulas expositivas: as aulas com o apoio das tecnologias, haja vista a quantidade de estratégias que podem ser exploradas para aumentar as possibilidades de aprendizagem com novas dinâmicas, tecnológicas e centradas em maior autonomia do aluno.  Além disso, as novas gerações têm um maior letramento digital, e que também foi aumentado com as aulas on-line na pandemia.

Duas observações:

·         todos os professores de todas as disciplinas podem e devem lançar mão da tecnologia para avançar nas estratégias pedagógicas no mundo contemporâneo;

·         não há como conciliar a tecnologia com o cotidiano escolar se não há investimento em estrutura física, equipamentos de informática, redes, capacitação docente e manutenção das máquinas.

2.    Ensino Híbrido

O Ensino Híbrido é condizente com tudo o que foi vivenciado por docentes e alunos. Se por um lado, a sala de aula faz muita falta, o uso de laboratórios, da interação face a face, da escola como espaço de socialização, integração e identidade local, por outro lado, a possibilidade de se explorar Ambientes Virtuais de Aprendizagem, com uma plataforma complementar às aulas, com biblioteca virtual, videoteca, quizes, possibilidade de envio de determinadas tarefas e espaço para tirar dúvidas, aumenta as possibilidades de inovação e “conversa” muito bem com os jovens que se acostumaram com a tela e os teclados do computador.


3.    Novos planos de ensino

Sabemos que novos desafios trazem novas demandas, e uma delas relacionada à adesão das TICs no cotidiano escolar tangencia a preparação docente, que, por sua vez, além de precisar aprimorar o conhecimento das ferramentas de ensino tecnológico, também merece as melhores oportunidades de conhecer estratégias para trabalhar de forma segura, motivada e com sentido. Capacitações, momentos de trocas de experiências e feedbacks de alunos para a busca de soluções pontuais são muito bem-vindos.

 

4.    Novas formas de avaliação

Nesse aspecto, primeiramente, é importante conhecer o aluno em suas limitações de acesso e conhecimento básico em tecnologia para que se possa sanar problemas de pré-requisitos mínimos para que ele não seja prejudicado por não saber manusear tecnologia para estudos e pesquisa, como também se ele tem equipamento de informática e acesso em casa. Esse tipo de desigualdade precisa ser equalizado, com boa vontade, verba e empatia. Do contrário, o abismo de desigualdade aumentará. Tablets e acesso gratuito à internet já são um bom ponto de partida para que todos os alunos possam fazer pesquisas e atividades on-line.

Uma vez que todos os alunos tenham acesso, em casa, e, no mínimo, na escola, será necessário constante aprimoramento dos docentes sobre como avaliar a distância, pois, há pontos de contato dessa avaliação com a avaliação presencial, mas, há muitas estratégias próprias e ferramentas que podem ser exploradas para uma avaliação mais completa e precisa pelos relatórios gerados pelas plataformas.


5.    Maior autonomia dos alunos

 

Com uma rede de pesquisa e construção do conhecimento de forma coletiva, muitas fontes e abordagens sobre um mesmo assunto no universo das redes, o docente deixa de ser o detentor do conhecimento, e passa a ser um catalizador de aprendizagem e estratégias para que os alunos aprendam novas formas de aprender. Essa autonomia sendo fortalecida, passa a ser uma dimensão de enriquecimento das aulas e das possibilidades de os alunos aprenderem uns com os outros com maior facilidade, desde que as fontes sejam confiáveis e o conhecimento flua para consolidação das etapas dos conteúdos propostos e fortaleça as relações interpessoais.

 

6.    Capacitação dos Professores

 

Sobre a capacitação docente, além do preparo tecnológico, de treinamento sobre como organizar o conteúdo no ambiente virtual, como avaliar o aluno, é bom motivá-lo a conhecer como tirar o melhor da tecnologia em nome do conhecimento, com concisão e foco. Não é fácil, os professores foram sobrecarregados com as novas demandas do ensino remoto sem capacitação, sem tempo hábil e sem subsídios financeiros, em um primeiro momento. Entretanto, sabemos que as frentes para capacitação e apoio foram aumentando, em uma segunda fase, em que, passado o choque inicial, os atores envolvidos na educação, já ambientados, começaram a dominar e aprimorar, através dos programas específicos das secretarias de educação do poder público, suas habilidades para trabalhar no ensino remoto e no híbrido.

 

7.    Melhoria da rede física

 

Além da parte que envolve a modernização das escolas, de se ter ambientes de laboratório de informática para todas as disciplinas, de uma rede de internet robusta e bons computadores, é importante espaços de treinamento dos docentes, salas de webconferência para capacitações. Caso os alunos permaneçam mais tempo no ambiente escolar para atividades extraclasse, é necessário ter espaços dedicados a lanches e ampliação de refeitório. O mundo pós-pandêmico vê o sedentarismo ter aumentado em função dos confinamentos para que o vírus da Covid-19 não se espalhasse com tanta facilidade, e a escola deve promover maior espaço para que os alunos possam praticar atividades físicas mais vezes, também poderem fazer sua higiene pessoal em alguns dias da semana na escola. Armários individuais e mais pessoas trabalhando nesses espaços são bem-vindos.

 

8.    Saúde mental dos estudantes e professores

 

Pode parecer simples elencar as soluções, mas existe a realidade de que, se não é fácil manter o básico, preparar a escola para novos desafios então é um desafio gigante. A boa notícia é que o Fundeb tem essa verba prevista em lei, mas que não tem sido repassada da maneira esperada, além do não cumprimento em vários estados e municípios do piso salarial dos professores.

Apesar disso, não devemos esquecer do valor humano de cada um de nós, que um docente ou aluno é, acima de tudo, um ser humano, e, portanto, passível de dores físicas, mentais e espirituais. E a pandemia potencializou quadros de depressão e ansiedade, dentre outros, em alunos e professores. Sendo assim, uma ideia é a parceria das escolas com profissionais da área de saúde mental para atendimento individual e palestras. Precisamos humanizar as escolas cada vez mais em um mundo que desafia, a cada dia, a nossa compreensão, mas que também nos ensina a sermos fortes a cada desafio.

 

 

 

 

sábado, 12 de março de 2022

Associação da Escola Superior de Gurerra (ADESG). Cerimônia "Dia Internacional da Mulher"

 Homenagem ao Dia Internacional da Mulher, serão Homenageadas a Dra. Anna Maria de Freitas Ede Oliveira Presidente da Comissão do Idoso na Ordem dos Advogados do Brasil 4ª Subseção, Dra Maria Helena Macedo Diretora do Círculo Militar de Juiz de Fora e a Prof. Neuza de Oliveira Marsicano Membro do Conselho Curador do Instituto Histórico Geográfico de Juiz de Fora.

Após a Solenidade será servido um jantar no Restaurante do Hotel Victory com Cardápio exclusivo para ocasião.

 

 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

"EU GOSTO DE..."


  

A antologia "EU GOSTO DE..." é uma diversão entre autores que se utilizaram do título para descreverem o que gostam. Há pessoas que gostam de ler, escrever, dançar, cozinhar, etc. Através de crônicas vários autores concordaram de participar dessa coletânea. Leia e se divirta!. https://www.amazon.com.br/dp/B09TG5S7F7/ref=mp_s_a_1_15?qid=1645880925

Participo com a Crônica  :                                 EU GOSTO DE .....

                          Que ambivalência! Ao mesmo tempo em que parece tão fácil e espontâneo falar sobre algo de que gostamos, parece que nunca conseguimos gerenciar tão bem as palavras para que correspondam a intensidade desse deleite!

            “Eu gosto de correr!’, desde pequena que pensamento argênteo! É da infância que veio o gosto pelo esporte, e isso me marca muito com tanta saudade: momentos alegres e que moldaram também o ser humano que hoje sou. Eram tantas brincadeiras: de escolinha, de bonecas, andar a cavalo fazenda afora, pular corda, jogar peteca. Mas correr sempre foi “o” esporte pra mim. E isso continuou quando fui estudante de colégio interno. Como não havia nada de tecnologia, o tempo era dividido entre estudar muito e diversão com jogos lúdicos e esportes. Dentre os esportes: pingue-pongue, vôlei e a corrida, como sempre.

            Fui professora de Educação Física e diretora da Escola Estadual “Duque de Caxias” na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Na gestão dessa escola, viabilizei a construção de uma quadra esportiva, sempre valorizando o esporte. Porém, ainda não era atleta.

            Minha vivência no atletismo começou há 10 anos, na modalidade “Corrida de Rua”, a prática mais popular no Brasil, com maior número de adeptos, muito em função de ser tão democrática, abarcando iniciantes até atletas profissionais, de todas as faixas etárias possíveis. O primeiro passo foi o incentivo de uma amiga; o segundo: minha inscrição no Ranking de Corridas Rústicas da Prefeitura de Juiz de Fora.

            Gostei tanto que continuo praticando até hoje. E assim, o que começou como experimentação, curiosidade…tornou-se, enfim, uma rotina em minha vida. Já me perguntei o porquê de não ter começado antes, pois, O Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora – projeto social da Prefeitura de Juiz de Fora foi criado há 33 anos. Trata-se de um pilar importante de incentivo ao esporte em nossa cidade que veio evoluindo e inovando a cada edição: o número de participantes foi aumentando e a qualidade das corridas também. O resultado é que hoje as corridas de rua de Juiz de Fora estão equiparadas às corridas dos grandes centros urbanos.

            Priorizo as corridas organizadas pelo Ranking de Corridas Rústicas /SEL e também todas as outras da nossa cidade, que, por sua vez, são organizadas por empresas locais. Exemplos são: Corrida da Fogueira, Corrida Camilo dos 

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Namoradeiras Em Terapia- contra -capa

Desta vez, no divã, as namoradeiras, em confidências, inspiram-nos a captar ângulos do mundo pandêmico atual: a fascinante autora Iris Lo-Buono traz reflexões fluidas e poderosas, com matizes de situações cotidianas, no espectro de um mundo sensível formado por vulnerabilidades e fé. Essa dualidade representa os sentimentos mais complexos do momento contemporâneo. Porém, o fazer poético dedicado e perspicaz da autora, seja na diversidade dos temas ou no jogo de palavras e seus níveis de ressignificação, fala ao corpo e à alma, como ela bem define: “para esperançarmos na âncora da fé”.

 Neuza Marsicano: professora, atleta, poeta e cronista. Uma pensadora apaixonada pela vida, pelas Letras, pelo esporte e pela educação!”.

 

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Como Será o Amanhã: pós pandemia

Retomar a rotina será maravilhoso. Porém exercer um novo olhar sobre tudo ao meu redor, se antes a intensidade de viver cada momento e a fé eram combustíveis para minha felicidade, quero incorporar a ressignificação de cada fragilidade de tudo e do quanto pode mudar de repente, através da gratidão em forma de gestos, pensamentos e orações Quero ter gratidão em forma de gestos, pensamentos e orações. Quero ter gratidão mediante até mesmo uma dificuldade ou imprevisto como possibilidade de me satisfazer com aa dádiva de estar viva e com saúde física e mental vivendo a vida que escolhi. Haverá um novo significado nos encontros, nos abraços, nos eventos e em cada retorno algo que faz o coração bater forte.

Os dias da grande virada estão sempre "por vir", talvez seja hora de não esperarmos mais por eles, e acreditar que estamos sim caminhando sempre em frente. E que essa tal grande virada é tão somente uma nova forma de encarar a vida.

Feliz amanhã a todos!

Neuza de Oliveira Marsicano,

   Professora/ cronista e atleta

 

 


 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

2022: Ano da Esperança


 

              Neuza de Oliveira Marsicano

Professora e atleta

Escrevo com alguém que pensa no outro. Escrevo como uma operária das palavras que busca resultados em forma de sorrisos. E por esse motivo escolhi o tema esperança para que uma leitura faça com que aquele que chegou para ler saia melhor após receber essas palavras de renovação. Vejo a escrita de forma terapêutica, de alma para alma, e que pode catalisar esperança. E como ensinou o mestre Paulo Freire, "é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar".

Ao saudar o Novo Ano de 2022, é necessário lembrar que foram transpostas com dor e fé, barreiras inimagináveis, como foram aquelas constatadas desde o início da pandemia há dois anos. Todavia estamos aqui, mais fortes, vacinados e mais esperançosos.  De acordo com a pesquisa feita pela parceria do Instituto de Pesquisa Ideia e Cause, a palavra definidora do ano de 2022 é “esperança”. Foi um estudo baseado em 1200 respondentes de todo o país; para 17 % deles, esperança significa expectativa de melhoria em três áreas: qualidade de vida, poder de compra e saúde da população.

Ao brindar 2022, quero fazê-lo trazendo na memória o que observei sobre superação, algo que aprendi nas duas vertentes mais importantes da minha vida: na educação e no esporte. Na educação, houve ampliação do uso das novas tecnologias no ensino, principalmente no ensino remoto, que foi a solução para que a vida de milhões de estudantes de todos os níveis de ensino não parasse. Apesar de a Educação a Distância existir há mais de 50 anos no Brasil e ser uma modalidade regulamentada no país, havia resistência e desconfiança de alguns, e hoje ela está de mãos dadas com a educação regular, nas formas híbridas de ensino, proporcionando que a educação e o conhecimento não saiam dos trilhos em um país com uma grande extensão territorial quanto o Brasil.

Professores, profissionais das áreas técnicas, administrativas e tecnológicas, alunos e pais foram atores envolvidos no processo de retomada da educação após os primeiros baques da pandemia. E logo após a descoberta das vacinas contra a Covid-19 e com a crescente imunização da população, foi acontecendo o retorno das aulas nas escolas e nas universidades do Brasil. Ainda há muitos desafios pela frente, mas a certeza de que estamos fortalecidos pelas novas experiências. E não há como deixar de agradecer aos profissionais da saúde empenhados nas campanhas de vacinação que contribuíram para que as pessoas não só da educação, como de todos os demais setores da vida pudessem voltar às rotinas, ainda que de modo diferente, com todos os cuidados necessários para que o vírus não se propague.

Já sobre o esporte, vale lembrar as Olímpiadas no Japão, que seriam em 2020 e aconteceram em 2021. Havia o temor sobre o evento ser bem-sucedido ou até mesmo se seria possível acontecer. Porém, aquele país conseguiu organizar, de uma maneira brilhante, um grande evento e com biossegurança para atletas e profissionais envolvidos no evento. Não houve público por restrições sanitárias devido ao aumento do número de casos de coronavírus. Por essa razão, houve prejuízo para o país anfitrião, mas a certeza de que o bom senso e o direito à vida e à saúde prevaleceram. Nosso Brasil brilhou com seu melhor desempenho de todos os tempos em Jogos Olímpicos. Sabemos que os treinos não pararam, ainda que por videochamada, ainda que personal trainers, preparadores físicos e técnicos tivessem que trabalhar remotamente, inclusive. E mais uma vez, a tecnologia nos fortaleceu.

O brasileiro é um povo superador e “esperançador”, de saber esperançar ao invés de esperar. Que não nos esqueçamos de tudo o que foi dito e ensinado sobre como se prevenir contra o coronavírus, mas que haja a certeza de que estamos virando o jogo, tanto na vacinação quanto na educação, no esporte e no aprendizado das novas tecnologias para o bem. E que 2022 seja uma porta aberta para sonhos, renovações de fé e muita paz para o nosso mundo.

 

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Estudos na Espanha: uma experiência


É com imenso prazer que escrevo, neste site, o relato de minha participação em um dos programas de doutorado em uma Universidade Espanhola na cidade de Sevilla. A história secular da cidade nos arrebatou logo na chegada quando avistamos a fachada da catedral de Sevilla, uma das três maiores do mundo. As torres parecem desejar alcançar o céu e de acordo com a luz apresentam coloração levemente dourada clara. Seu aspecto é de uma fortaleza com altos muros. É esse cenário espetacular que se descortina a chegada em Sevilla. Os fios da história e da cultura espanhola tecem em cada esquina da cidade, lembranças de acontecimentos inusitados. Diferentes povos por lá passaram - romanos, judeus, portugueses, árabes e tantos outros mais.

Entre os maiores tesouros da cidade encontram-se a Universidade de Sevilla, uma das mais antigas da Europa, que completou 500 anos e a Universidade Pablo de Olavide, construída pelo governo da Espanha com uma arquitetura moderna e que conta hoje com alunos de todas as partes do mundo. "Plenamente integrada no âmbito europeu a que pertence, a Universidade Pablo de Olavide se converte em uma ponte para América Latina, no convencimento de que as relações interuniversitarias são um caminho que conduz ao pro gresso dos povos e que Andalucía se sente estreitamente unida".

Vários aspectos nos chamou atenção na universidade Pablo de Olavide. Em primeiro lugar o que nos impressionou foi, obviamente, a infra-estrutura disponível, equipamentos, professores pesquisadores, espaço físico, biblioteca, etc. Além disso o número de estudantes de doutorado e as bolsas de estudo concedida.

Atualmente, com 18 programas de doutorado, a Universidade Pablo de Olavide se destaca como 2º Centro da Espanha em doutorados de qualidade. A partir disto, pode-se concluir que o dinheiro investido pelo governo e pelas empresas em projetos de pesquisa faz a diferença de uma nação.

Um ponto flagrante é o hábito da leitura e, portanto, tudo que decorre da mesma. Por exemplo, jornais são distribuídos gratuitamente para todos os alunos na Universidade, então, praticamente todos lêem jornais. Quanto aos colegas do programa de doutorado éramos 17, numa mistura muito interessante de sotaques e culturas.

Uma das iniciativa s mais recentes e mais valente das Universidades do sul da Espanha, é a Residência Flora Tristán . Em principio, é uma residência universitária com preços muito econômicos e um amplo programa de bolsas. Mas o que vivenciamos foi muito mais. A residência Flora Tristán, proporciona aos estudantes universitários uma formação humana integral que vai mais além da formação acadêmica.

Foi neste espaço com todo conforto que vivemos com outros estudantes procedentes de vários cursos da Universidade de Sevilla e Pablo de Olavide, assim como estudantes de programas de doutorado, professores e investigadores de ambas universidades. Participar dessa deste programa de doutorado é para mim uma grande responsabilidade, mas também uma sonhada oportunidade de crescimento pessoal e profissional.

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Aconteceu na Academia Juiz-forana de Letras: Ciclo de Palestras sobre o amor na Literatura Universal



Neuza Maria Marsicano

            Juiz de Fora presenciou, recentemente, e pela segunda edição, um dos eventos mais completos e notáveis sobre o amor na Literatura Universal. Promovido pela Academia Juiz-forana de Letras, o ciclo de palestras, on-line e gratuito, reverberou de forma esplêndida na cidade. Não apenas pela diversidade com que o tema foi tratado, como também pela qualidade dos palestrantes e pela grandeza dessa oportunidade tão democrática, que se iniciou em 25 de agosto e terminou em 17 de novembro do ano corrente de 2021. Nesse ínterim, aconteceu a série de palestras do ciclo, promovido com êxito, toda quarta-feira, pela plataforma Google Meet. Vale ressaltar que, a partir de 75 % de frequência, os organizadores do ciclo emitem certificado para os ouvintes, chancela importante por parte da Academia, na qual notáveis da Literatura e das Letras juizforanas figuram.

            É louvável a oportunização ao acesso de todo cidadão com interesse em temas nas searas literárias. Que ela seja uma regra da sociedade conectada pelas novas tecnologias: a disseminação dos saberes e a Academia catalisando a formação reflexiva de leitores, reduzindo a distância entre leitores, estudiosos, profissionais e os eventos literários e de formação crítica.

            O tema do amor é atemporal e multifacetado. Alinhado a essa premissa, o evento foi um sucesso ao abarcar tantas nuances do amor na literatura ao redor do mundo: em uma Portugal Medieval e mais recente na obra de Saramago, no Oriente Médio, na Literatura Inglesa, com Emily Brönte, Charles Dickens, nos poemas da americana Emily Dickinson, o amor na literatura de terror e em Drummond, dentre outros. Prestigiosos palestrantes, panorama eclético e completo que cumpriu a que veio. Uma experiência que acrescentou conhecimento, reflexão e o despertar de mais olhares interpretativos sobre a temática do amor ao longo da literatura pelos séculos.

            Após ter mergulhado fundo novamente na experiência de refletir sobre o amor nas grandes obras literárias , considerei o tema como inspiração para novos ensaios. O amor, como sempre, é um ótimo fio condutor de narrativas imponentes e marcantes, mas também é um ângulo instigante para se olhar a natureza dele para que se sucedam perdas, ganhos, loucuras, grandes feitos ou a singeleza do bem-querer. Parabéns à Academia Juiz-forana de Letras por mais uma edição exitosa do ciclo!

domingo, 16 de janeiro de 2022

JUIZ DE FORA, 172 anos: “CENÁRIO DE PAZ E CULTURA”


 

JUIZ DE FORA, 172 anos: “CENÁRIO DE PAZ E CULTURA” 

Alegra-me emitir opinião sobre a querida Juiz de Fora, neste momento importante de retomada do desenvolvimento econômico, paralelo ao resgate dos bens culturais que projetaram nossa cidade como pólo cultural de Minas Gerais.

            Juiz de Fora é centro de referência da música barroca mineira e europeia; com destaque para grupos de teatros, clubes sociais, recreativos, e nos esportes, Nossa Universidade Federal, classificada entre as melhores do Brasil e Faculdades particulares, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação abrindo caminho para o conhecimento; escolas públicas e confessionais enfrentando desafios, rompendo barreiras, mas sempre primando pelo ensino de qualidade.

            Tudo isto encanta-me e me faz estar presente nos meios educacionais, culturais, sociais e esportivo de Juiz de Fora.

                                           Obrigada, Juiz de Fora! 

Neuza  de Oliveira Marsicano  Professora e atleta